segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Chá de Feijão Azuki

Chá de Feijão Azuki
Michio Kushi


O
s feijões azuki são pequenos, vermelhos e mais yang se comparados aos demais. São eles originários do Japão, embora hoje cresçam também no Ocidente. Para a culinária do dia a dia, tolera-se o uso do falso azuki (alongado, graúdo e escuro); mas, quando o que se busca é o efeito medicinal, o autêntico azuki (esférico, pequeno e vermelho) faz-se então imprescindível.

O chá de feijão azuki é indicado para normalizar as funções renais e urinárias. Ele também ajuda a regularizar o movimento peristáltico. Problemas renais são frequentemente causados pelo consumo exagerado de laticínios. Nesse caso, surte mais efeito substituir o sal marinho pela alga kombu. Se nenhuma fonte de minerais é utilizada, você pode se sentir debilitado depois de alguns dias.

Para contrabalançar o consumo recente de grande quantidade de proteína animal, tome uma xícara de chá de feijão azuki por três ou quatro dias.  Para combater condições crônicas, tome a bebida diariamente, em dias alternados, ou ainda a cada três dias por três semanas, dependendo da situação.

1-    Coloque 1 ½ de feijão azuki numa caçarola com uma tira de aproximadamente 5 cm de alga kombu ( deixe a alga de molho durante a noite, e depois corte-a em pequenos pedaços).
2-    Adicione 6 xícaras de água e leve à fervura.
3-    Reduza a chama, cubra e deixe em fogo brando por 30 minutos.
4-    Coe e beba o líquido ainda quente.

Variações:

·       Para ajudar a dissolver pedras nos rins, adicione ¾ de xícara de daikon fresco ralado ao líquido logo após tê-lo coado. Beba-o e coma a polpa.
·       Para eliminar muco dos rins ou trato urinário, adicione ¾ de xícara de raiz de lótus fresca ralada, e proceda como mencionado acima. A raiz de lótus elimina qualquer estagnação, incluindo muco produzido pela ingestão de laticínios, açúcar ou gordura.

·       Caso seja necessário ingerir a bebida por vários dias, talvez seja interessante torná-la um pouco yin, adicionando-lhe um pingo de malte de arroz ou cevada.

Os Rins e a Quantidade e Qualidade de Água

Os Rins e a Quantidade e Qualidade de Água
Tomio Kikuchi


O
 papel da água na ação fisiológica, bioquímica e biofísica do corpo humano é muitíssimo importante. Por isso os rins, que se relacionam com o autocontrole da quantidade e qualidade de água em nosso organismo, são muito importantes. Precisamos usar a consciência a fim de perceber a quantidade e qualidade ideais de água para o nosso organismo, obedecendo à ordem do funcionamento dos rins, pois a quantidade e qualidade do sangue, do suco linfático e de todos os sucos dos outros órgãos são determinadas pelo funcionamento dos rins. E o funcionamento dos rins depende da quantidade e qualidade dos líquidos que ingerimos.

A quantidade de água necessária por dia depende das diferenças pessoais, isto é, da constituição, do sexo, da idade, do trabalho, do local, da atividade, do tempo, do clima, etc. Não se pode dizer que a quantidade de água é de tantos litros ou de tantos copos. Isso é impossível, pois cada pessoa é diferente. Também, a mesma pessoa pode estar hoje de um jeito e amanhã de outro jeito. Depende do tempo, do estado, da atividade, e isso varia muito. Não se pode determinar mecanicamente a quantidade de água necessária. É por isso que muitas pessoas mostram certa dificuldade no autocontrole dos líquidos. Para se determinar a quantidade ideal de consumo de água de cada pessoa, é melhor observar a quantidade diária de micção. A quantidade normal de micção para o homem é de 4 a 5 vezes por dia. Para a mulher é de 3 a 4 vezes por dia. Mais micções é sinal de desequilíbrio. Muitas pessoas levantam à noite para urinar, mas são casos de doença ou o resultado de uma alimentação desequilibrada. O controle da quantidade ideal de água a ser ingerida, pelo número diário de micções, é o método mais prático e fácil.

A qualidade ideal de água é a proporcionada pela água natural, proveniente de poços profundos, pois é a mais yang, tendo mais minerais. Depois dessa, a melhor água é a da fonte de montanha arborizada.




A Influência da temperatura da água sobre o organismo

A Influência da temperatura da água sobre o organismo
Tomio Kikuchi


É interessante notar a influência da água, em diferentes temperaturas, sobre o organismo. A água mais quente, quando ingerida, aumenta o movimento do aparelho digestivo, yanguizando-o.  Quando se toma água em temperatura mais baixa, cai a velocidade do movimento. Quando se toma água bem gelada, paralisa-o totalmente. Por isso, quem toma bastante refrigerante gelado e sorvete está cometendo uma violência.


Quando se aproxima a hora da morte, existe uma água que se oferece às pessoas moribundas. Chama-se “água mortal”, pois ajuda a acelerar a morte. Quando a pessoa começa a mostrar sintomas de morte, sentindo dificuldades e sofrendo, então lhe é oferecida água fria, natural. Quando ela engole a água, acaba de uma vez. Assim finaliza sua vida.

Brasil: lixeira tóxica do planeta

Brasil: lixeira tóxica do planeta
L. C. Pinheiro Machado e L. C. Pinheiro Machado Filho*


O
 jornalista Henrique Kugler publicou, na revista Ciência Hoje, um artigo sobre o uso dos agrotóxicos no Brasil em que afirma, entre muitas outras verdades surpreendentes, o seguinte: “O Brasil é a lixeira tóxica do planeta. Cada dólar gasto na compra de agrotóxicos pode custar aos cofres públicos US$ 1,28 em futuros gastos com a saúde dos camponeses intoxicados”. Trata-se de custo subestimado, porque considera apenas os dados referentes às intoxicações agudas. Segundo a OMS, para cada 50 casos de intoxicação por agrotóxicos, apenas um é notificado. “O Brasil é o destino certo para agroquímicos que, por elevado grau de toxidade, foram banidos em diversos países”. Kugler analisa ainda a deriva técnica, que são pulverizações aéreas que o vento e a água levam para o ambiente, contaminando-o.

 São tão contundentes as denúncias e informações sobre os danos à saúde humana e ao ambiente causados pelos venenos agrícolas, que não encontro nenhuma justificativa séria que explique a complacência, a tolerância e a liberalidade dos órgãos governamentais.

Despreza-se a saúde pública e o ambiente para proteger a indústria da morte!



* Autores do livro A Dialética da Agroecologia, Editora Expressão Popular.

Preserve a Natureza?

 Preserve a Natureza?
L. C. Pinheiro Machado e L. C. Pinheiro Machado Filho


A
 campanha bem estruturada e vigente praticamente em todos os países – “Preserve a Natureza” –, mostrando plantinhas sadias em belas fotos e encerrando com uma mensagem subliminar atribuindo a responsabilidade da poluição aos humanos é uma solerte e capciosa mensagem das multinacionais, que, assim, se eximem da responsabilidade pela contaminação ambiental. Essa farsa encobre os verdadeiros culpados pela contaminação: as indústrias do Norte (USA e Canadá) e Europa, além do perdulário consumo dos carros norte-americanos, que contribuem com 25% de toda a contaminação. Com isto se oculta a verdadeira causa do problema.

Naturalmente, há situações pontuais em que o cidadão é agente do dano ambiental, o que é recriminável. Devem ser estimulados os hábitos de consumo moderados, evitando-se desperdícios e o lançamento de dejetos em locais impróprios.


Mas daí a pôr a culpa nos cidadãos pela poluição global é uma sutil campanha dos verdadeiros poluidores para se esquivarem de suas próprias culpas e responsabilidades, além da perversa consequência de colocar o cidadão como contraventor.